quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Sol de Inverno

Sabe deus que eu quis
Contigo ser feliz
Viver ao sol do teu olhar,
Mais terno.
Morto o teu desejo
Vivo o meu desejo
Primavera em flor
Ao sol de inverno
Sonhos que sonhei
Onde estão
Horas que vivi
Quem as tem
De que serve ter coração
E não ter o amor de ninguém.
Beijos que te dei
Onde estão
A quem foste dar
O que é meu
Vale mais não ter coração
Do que ter e não ter, como eu.
Eu em troca de nada
Dei tudo na vida
Bandeira vencida
Rasgada no chão,
Sou a data esquecida
A coisa perdida
Que vai a leilão.
Sonhos que sonhei
Onde estão
Horas que vivi
Quem as tem
De que serve ter coração
E não ter o amor de ninguém.
Vivo de saudades, amor
A vida perdeu fulgor,
Como o sol de inverno
Não tenho calor.

Composição: Jerónimo Bragança
Interpretação: Simone de Oliveira

terça-feira, fevereiro 26, 2008

O meu sonho inalcansável....





Adormeço mais uma vez a pensar em ti, como em todas as noites, pensamentos que me assolam, saudades que apertam e me matam pouco a pouco... e o pior de tudo são as saudades do que nunca te ouvi pronunciar... das palavras que a todo instante espero poder ouvir, mas esse é um puro engano, pois eu sei que elas nunca serão pronunciadas... sei que é impossível serem ditas e mesmo assim porque espero por elas? porque faço as perguntas se sei que apenas vou ter como resposta o silêncio... Porquê? Porquê? Será que um dia elas virão? Será que sim? Diz-me!!! Ou estas serão as palavras que nunca me dirás? Adormeço num choro de tristeza e solidão que me deixa à deriva sem um porto seguro... Vejo que estou sózinha e mesmo assim prefiro enganar-me e pensar que o que mais quererias era estar aqui comigo, ter-me em teus braços... até quando durará esta ilusão?? Até quando este sofrimento?? Será que o sofrimento apenas acabará no leito de minha morte? Se sim, então prefiro partir de imediato e não viver constantemente envolta na doce e amarga mentira de um dia poder ouvir de tua boca a palavra AMO-TE, AMO-TE meu Amor...

O meu sonho inalcansável....


Texto: IlhaDeBruma

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Convite



Fui convidada por uma quimera
para em breves linhas
dissertar por entre a natureza.
Sob o sol de inverno
foi aí que vi que eram minhas
aquelas lágrimas caídas
num riacho de dor e tristeza.

Memórias passadas de um amor,
cicatrizes marcadas como tatuagens
em meu corpo,
ferida aberta no meu peito...
Enxugo as lágrimas e sigo
por entre o jardim,
sorrio com o voo da borboleta
e mais uma vez
digo para quem quiser ouvir
que apesar de tudo
que nunca terá sido um erro amar-te.



Texto: IlhaDeBruma

Foto: Monarca

Quero

QUERO
PEDIR-TE O FAVOR
DE ME AJUDARES
NESTA AGONIA

QUERO
PEDIR-TE O FAVOR
DE ME AMARES
A CADA DIA

QUERO
PEDIR-TE O FAVOR
DE CAMINHARES
A MEU LADO

QUERO
PEDIR-TE O FAVOR
DE ME PERDOARES
E NUNCA ME DEIXARES.
IlhaDeBruma

sábado, fevereiro 23, 2008

Se...

se a conhecesse
escreveria sobre si
mas como não a conheço
posso apenas divagar
pelas sensações
que sinto ao ver seu nome...
divagações intimistas
que em nada ferem o respeito
e admiração por si.
você é como a brisa matinal
que dia após dia
vence as amarguras da noite
você é como o sol de inverno
que a cada amanhecer
desponta no infinito.
você é como o vento
que sopra de mansinho
na rota dos sabores.
você é... aquilo que não sei...
IlhaDeBruma

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Não Há Longe Nem Distância





“Distância não é ausência”;
Distância não é estar distante;
Distância não é saudade;
Distância não é tristeza nem angústia;
Distância é um conceito geográfico de espaço que separa fisicamente as pessoas.
Apenas isso.
A distância anula-se com um abraço;
Com a ternura;
Com o carinho;
A distância desaparece com o gesto, com a intenção;
A distância separa corpos mas não separa corações;
Não descura o Sentimento;
Não alimenta o desespero;
Não há longe nem distância, quando de facto se quer amar,
Quando os limites não limitam os Sentidos e os Sentimentos.
Texto: Richard Bach
Foto: Sykor

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

És...


És o meu todo no meio do nada
És a pura realidade na mais doce ilusão
És uma mão cheia de tudo
E outra cheia de nada
És a mais bela melodia por inventar
És a presença na ausência
És o toque sentido na dura distância.
És para mim
Meu princípio meio e fim...
Autoria: IlhaDeBruma
Foto: Desconhecido

domingo, fevereiro 03, 2008

Fanatismo



Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não es sequer razão do meu viver,
Pois que tu És já toda a minha vida!


Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!


"Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
"Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!



E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu es como Deus: Princípio e Fim!..."


Autoria: Florbela Espanca
Foto: Desconhecido

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